Enigma

Em vestes póstumas, se foi a razão;

Levou o espelho, deixando o reflexo;

Da imagem nociva, um ponto convexo;

De curvas varridas, transcritas a mão.

Em marcas de ferro, a fogo na folha;

Na tábula rasa, o contraste, a escolha;

De dias nascidos, ao perdido momento;

E noites passadas, sob o sofrimento.

Agora na falta, o caminho é distante;

Paralelo a maldade a inata verdade;

Escondida nas sombras de um meliante.

Se faz insolúvel, a passos de vaidade;

O tal enigma, em mudança constante;

A espera da luz, no reflexo da lealdade.