Sentido
O dia que se vai
As horas que se vão
Os sentidos que se perdem
As soluções que não vêm
O medo que se apodera
As angústias que consomem
Os dias que se repetem
E os mesmos anseios
E as mesmas dúvidas
E os mesmos medos
E as mesmas angústias
Uma bola de neve
Constante e insistente
Como quem não sabe perder
Como quem não sabe viver
Que me toma
e desmonta
Tudo aquilo de concreto
Tudo aquilo de certeza
Os momentos virais
Minutos paradoxais
Dores intermináveis
Sons, ruídos, barulhos
Os silenciosos gritos
De almas presas
No medo
Na vida
No mundo
Os silenciosos gritos
De quem não sabe falar
Que escreve seu medo
Com medo
Que se perde
Em cada letra não dita
E se reencontra
Em cada letra escrita