SONHOS DE PEDRA
Pôr no travesseiro a cabeça intacta
Perante os torvelinhos da vida moderna
É obra de arte que põe em alerta
Mistérios esdrúxulos que sempre maltratam.
O homem sobrevive na selva de pedra,
Compartilha o sono com angústias do mundo,
Os sonhos não são fantasias, são vagabundos
Que transformam realidade em campos de guerra.
Dormir é paradoxo da existência aflita,
Na verdade ninguém dorme, mas se agita
E se contrai enfermidades do efêmero fim...
A vigília é o repouso que o viver imputa,
Barbáries assinalam o caráter de uma conduta
Que lava o solo onde descansavam os querubins!
DE Ivan de Oliveira Melo