Quero falar!
Quero falar!
Questionar regras,
Denunciar o que me convém,
Brigar com tudo que consome a alma ,
Que destrói sentimento,
Gritar para todos ouvirem com voz alta, em bom tom,
Sem esconder uma só vírgula,
Sem poupar palavra, um só adjetivo.
Soltar o verbo no preto e no branco,
Chamar o sujeito para ensaiar com o predicado,
Sem generalizar, linha por linha
Deixar minhas emoções rasgar o saco,
Liberar toda minha indignação, minha raiva!
Falar literalmente o que incomoda, magoar.
O que insistir em transformar-me em uma metamorfose, em meu casulo.
Algo assim, simples, direto, concreto, objetivo,
De forma anormal ou absurda.
Que altera regras, decisões, leis
Que tenha convicção, ação, atitude!
Onde criarei normais de um novo português contemporâneo, culto, sem erros!
Para me satisfazer e não ao outros,
Pois minha necessidade vai além
E com meus próprios erros vou apreender,
E assim silenciar alguns com a minha própria língua escrita em versos ou na própria poesia escrita!
Mônica Campos
Lei 9.610/98
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