Em companhia dos Anjos
Olhar uma tarde debruçado para o poente
Com uma leve garoa umedecendo o Caminho.
Uma paisagem que traz a melancolia que inebria
Horas em que o coração se aquieta.
O Homem perde a brandura, ou seria a timidez?
Os seus olhos deixam verter lágrimas.
Tantos sonhos perdidos no caminho.
Tantos amigos que partiram sem dizer adeus.
Tantos sóis brilharam e os dias felizes, não se tornaram eternos.
Tantas noites se tornaram reféns das saudades.
E as risadas?
Quantas deixaram ecos no espaço.
Os soluços revelam espantosamente um Homem que chora
Quando está só, em companhia dos Anjos.
Caminho, Caminho, Caminho
Como passar por Ti sem deixar estas pegadas tão profundas?