Em companhia dos Anjos

Olhar uma tarde debruçado para o poente

Com uma leve garoa umedecendo o Caminho.

Uma paisagem que traz a melancolia que inebria

Horas em que o coração se aquieta.

O Homem perde a brandura, ou seria a timidez?

Os seus olhos deixam verter lágrimas.

Tantos sonhos perdidos no caminho.

Tantos amigos que partiram sem dizer adeus.

Tantos sóis brilharam e os dias felizes, não se tornaram eternos.

Tantas noites se tornaram reféns das saudades.

E as risadas?

Quantas deixaram ecos no espaço.

Os soluços revelam espantosamente um Homem que chora

Quando está só, em companhia dos Anjos.

Caminho, Caminho, Caminho

Como passar por Ti sem deixar estas pegadas tão profundas?

Robertson
Enviado por Robertson em 04/07/2018
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