Revela dor

Ah! Essa repetição claudicante, cambaleante

Ébria de sentido, tão cínico, até angustiante

Era glacial, era de uma memória de elefante

Congela as lembranças, e por um instante...

Não seja revelador, da dor, do amor de ontem

Nessa rima absurda, que furta a palavra bonita

Assuntem com a minha vida, mas não contem

Sobre essa face em tinta triste, sombria, aflita...

Passe essa dor, e o dissabor; e a cor é o verde,

Pode ser azul, amarela, branca; arroz na panela;

Comida na mesa, suco de limão, matando a sede,

Ah! Essa repetição claudicante, lá vem, lá vem ela...