Observador da tarde
Tarde nebulosa.
Dia cinzento.
Cidade distante.
Maresia no vento.
Coração do corpo carioca.
Que parece letárgico.
Mas bombeia finanças.
Comércios e tráficos.
Sou olheiro de Nikiti.
Atento em meu posto.
Observo em quem chega.
A expressão dos seus rostos.
No lugar do rojão.
Tenho os braços abertos.
Pronto para disparar.
Um abraço fraterno.
Tem pro sorridente.
Tem pro carrancudo.
Porque reciprocidade.
Não pode ser escudo.
Estinguemos as barreiras.
Fomentemos a junção.
A dor é mais aguda.
Quando na desunião.
Chega mais, se apresenta.
Nesse dia sem sol.
Se você passar "batido".
Tudo ficará igual.
Traga fé e esperança.
E um pouco de alegria.
A alquimia quando é boa.
Nos provoca nostalgia.