REDE VERDE
apenas sombra púrpura na parede
a rede verde balança o vazio
pra lá e pra cá
num movimento nu
tremulando corpo dissolvido
ido em tempos antepassados
um passado que vai e vem
sem sinfonias outras
que o som monótono
do balançar reverente
lascivamente tremeluzido
reduzido a nada
da rede verde
que resignada balança
balança
balança
Mírian Cerqueira Leite