O eterno
E em tantas mortes, nascemos.
Acordando todo dia, morremos:
Uma ou mais vezes ao dia
Depois de mais um almoço ou jantar
Antes mesmo de acordar.
Nascemos e já estamos caminhando para o crepúsculo.
Descobrindo lugares, bebendo, atualizando pensamentos:
Morremos.
E em tantas mortes, nos descobrimos.
Somos todos os dias outros, pois o que era ontem, já morreu.
Modificou.
Somos pensamentos, etéreos, fugazes.
Somos aqueles que nascemos, a essência, e no entardecer,
abandonamos os restos do que não precisa ficar.
Morremos.