QUE NEM NENÉM

tô de asa quebrada

caído no meio-fio de uma estrada

esperando o teu quando

virá me consertar...

Observo

o cervo

que passa

com sua graça

e vai embora

levando ao entardecer

no seu dorso

de luzir e tremer...

Vem

que tô que nem

neném

a fazer bico

e pedir aconchego

tô rico

de saudade

e pobre de amor

esse seu nego...