Democracia: A República e o direito ao voto

Democracia foi o que nos ensinaram na escola,

Mas você é obrigado a votar

Porque literalmente, seus direitos “eles” vão te isentar

Na cola

Que rola na tal da net

Aprendi que a republica é a maior anti-democracia

No final sobrarão apenas dois

Um com cara de chiclete

(o bom moço)

Outro ou outra, combatente

(que bateu de frente com tenente)

E hoje chora quando as crianças mortas

em realengo levadas sem ao menos

terminarem seus deveres

Tornaram-se folhas secas

Eram inocentes e não mereciam este desfecho

Porém onde cabe o fecho?

Claro são humanos como tu e eu

O problema é que quando a polícia se moveu

já era tarde

Aquela manhã sangrenta

Virou alarde e correu o mundo

Mas a milícia permite o ofício da malícia

Ao negociar armas em troca de couro

Se ao menos o clamor materno

houvesse sido ouvido, escutado

A Patriarca na Nação

Que se permite a corrupção no congresso

entra em retrocesso

No entanto isso acontece há séculos e séculos

A compra de votos, a manipulação da

mísera pobreza

O ponto que eu quero chegar

é que poderia ter sido eu ou você

Isso já ocorreu

e não foi mostrado na tevê

E o que se vê?

Mais propagandas com várias demandas

e somos obrigados a assistir

Somos influenciados por promessas de melhoras

Entretanto hora após hora

Lá fora chega o vento que traz essa loucura

Como o menino que atirou

Os dois eram esquizofrênicos

E o que eu realmente quero dizer:

Não se põe um basta nisso com reforço policial

É preciso cavar nas entranhas

do Brasil

Não no fortalecimento

Mas naqueles que esperam na lista

O Bullying disseminado

É passado de geração em geração

Porém muita calma

não quero criar polêmica não

Eu já fiz bullying e anos depois

senti na pele a chibata da vida

O país não se move sem os trabalhadores da viga

Estacionados, pode-se dizer inanimados

Anarquia causa caos

Talvez seja isso que eles queiram

nos jogar na prisão

e comer o trigo que o prefeito

amassou, amânciou

Eles nos falam de socialização primária, secundária

A eles não somos paria

Por que?

Reflita um pouco, apenas um pouco

Nossos gritos nos deixam roucos

E a conta da nossa saúde

Que o SUS “diz” que alude

Deveria ser de “graça”

Sim de fato é

Entretanto em meio-termo

Quem rechaça a mansão do planalto?

Só eles estão no alto?

Se o voto é secreto

Que raios faz sentido a urna?

Se mesmo na primária turma

Aprendemos o hino da bandeira?

E se ela é verde, azul, branca e amarela

para que estrelas no planalto?

Se nem mesmo nos dão um bom asfalto

Falam de moral ser o combate

a homofobia

Acorde deste transe

O mundo está mudado

Se temos o direito o direito de construir o futuro

não será com redução penal ou muro

Quer saber o que resgata crianças?

Não é apenas educação, direito a pensão

bolsa salário

Se nem mesmo os preços da inflação

enchem o armário!

Vá mais a fundo, pois se é pobre

eles te convencem a desistir

São tantos tiros que é difícil distinguir

tiram alimentação

E na cadeia eles têm do bom e do melhor

Tudo isso é falado na televisão

Por apresentadores que geram comoção

Não temos que apenas agradecer de bom grado

pois sonhar não é almejar sempre

mais?

Não digo reais, apenas por renda per capta

Controle populacional quem faz e sempre

fez foi Deus

Trabalhamos dando sangue e suor

Não merecemos o melhor?

Então por que ligar no big brother

Se está claro que a porcentagem o

IBGE já tem

Agora quem tá sem

É o que vota, o certo é o povo

para com o povo

quem defende o povão morre cedo

mas não em vão

eles e elas nos passam o bastão

de honra ao mérito

Que vem do pretérito imperfeito

E nós que sem jeito rotulamos

o passado para compor

estatísticas do futuro

isso não é evolução!

Pelo menos não em conteúdo educacional

Obrigam-te a largar a escola

para que você peça esmolas

com promessas que obviamente não são compridas

O passo do homem à Lua deveria

ter sido evolução

e foi ou se foi

porém aqueles que são enterrados em

caixão de prefeitura

Nem na morte temos nosso direito

e esse efeito é dominó

Vem caindo em escala do maior para o menor

Só que ao inverso

Então ponham-se mais cartazes

Não jovens rapazes a matarem por

obrigação

e o pobre continuará sem ter nada

nem alfabetização

Se não propormos um plano

Mas não pelo ego e sim como um cego

que ama sem ver

se apaixona pela voz

Aprenda a sua vida para aqueles

que tiveram alfabetização narcótica

Então que criem-se mais óticas

Com menos cinza

e mais cultura popular

essa eles querem nos roubar

Substituindo tudo por falar

“Você precisa de 4k”

então por que tantas ak´s

se liberarem as armas, daremô-lhes

vitória

Gloria a César o tirano desumano

Que elegemos ano após ano

Mas quem comeu do fel

sabe que o doce faz falta

e o que está em palta?

Não sei

Talvez trivago, se nem o visto

eles não dão

Querem quebrar nossas asas

O muro de Berlim foi derrubado

Mas porque a saudade bateu forte

Então lhe digo:

que Brasil tu queres?

De vida no papel e trace seu plano

burlando o Sistema

Que nem mesmo é relevante tema

Na escala existe a matemática

das olímpiadas

Mas são poucos que entendem as questões

como o real motivo

a declaração étnica e de renda

Se nem ao menos se tem merenda.

Essa é a oferenda do Governo

Somos literalmente “inimigos

e inimigas do estado”

Porquê os Direitos... e faça sua

Conta na ONU

mas não espere bônus

Eles sabem que moradia, educação

e saneamento básico deve ser:

Cortesia do Governo

Mas a taxa todo dia paga

retiram de forma mais discreta

que Collor fez

A culpa não é só do burguês

mas de todo aquele sem consciência ou altivez

eles preferem dizer que acabou o manicômio

O engraçado é que vivemos Hitchcock

todo dia com a mesma

alegria

E agora vem a privatização

Que já foi posta como cinto de castidade

Porque quer queira ou não

Já não temos privacidade

Faróis quebrados e câmeras na cidade

E esse é o maior “reality show” que existe,

nem tem mais lobotomizassão e ainda me sinto

um estranho no ninho,

que chamo: de meu país

Bem-Vindo a América

Somos um pouco de cada uma

temos que aceitar as

diferenças e reconhecermo-nos

sem auto cobrança

Apenas deixe que a dança

envolva teu ser

ser

Assim deixarás de ser

Objeto inanimado

e cosmético

manipulado

Aqui me calo e já estou sem

Voz ou fingimos ser

“eles” ou somos nós por nós.