Delineando Pensares
Manchas de grafite no papel
Meu mundo ali desenhado
Peregrino sem amores
Rabiscos da vida, subsistência
Meu medo de um dia de sol
Era só ilusão d'um mundo
E tu vias um véu sobre rostos.
Meus gestos infindos, e os ritos;
O balet dos botos e sereias n'água morna
Mas se eu te contasse tudo...
Os passos da dança n'agua
Um vislumbre, adiante luz
Alguns abriam os braços
Perdi-me em fugas de azuis
Sob a leveza dos espelhos D'água
Meus olhos se moveram
Em prantos ao debochar da vida
Rasguei o ar inspirado e amarrei a vida ao léu
Óh, pecado do amanhecer,
Me largue nas palmas verdes das folhas
Me vingue o viver
Enfeite os caminhos agora
Pois já não é sem hora