TREM CALENDÁRIO
TREM CALENDÁRIO
Nesse trem do calendário
só não vai quem já morreu...
Passa tudo pelo ralo
inhaca tropéis de cavalo
sinos, martelo badalo
esperança de plebeu.
O tino de que quem perdeu
passa ha furos de chapéu,
goteiras de guarda-chuvas
distancia ficada na curva
olhar, esperanças aos céus
passa a terra, passa os céus.
Passa a casa beira-chão
amarelinho, peteca pião...
A corda do saci-pererê
os tics-tacs do velho coração
cinco Marias de pedrinhas passa,
passa ida, volta, até logo adeus
passa até a vontade de viver.
Antonio Montes
TREM CALENDÁRIO
Nesse trem do calendário
só não vai quem já morreu...
Passa tudo pelo ralo
inhaca tropéis de cavalo
sinos, martelo badalo
esperança de plebeu.
O tino de que quem perdeu
passa ha furos de chapéu,
goteiras de guarda-chuvas
distancia ficada na curva
olhar, esperanças aos céus
passa a terra, passa os céus.
Passa a casa beira-chão
amarelinho, peteca pião...
A corda do saci-pererê
os tics-tacs do velho coração
cinco Marias de pedrinhas passa,
passa ida, volta, até logo adeus
passa até a vontade de viver.
Antonio Montes