POR DETRÁS DAQUELES VIDROS EMBAÇADOS

Por detrás dos vidros embaçados

Corre a Serra Geral apressada

Para logo descansar na cidade de Osório

O vento que antes varria as ruas da cidade

Levantando as saias de moçoilas pudicas

Hoje abastece a cidade com energia

Aquecendo no inverno ventilando no verão

A montanha serpenteia esverdeada

E ali ganha o título de Morro da Borrússia

Onde homens alados voam contra o vento

E borboletas coloridas se espalham no caminho

Naquele sábado o dia estava

Pintado de gris e o céu

Que normalmente era celeste

Tinha perdido suas cores

Enquanto isto numa sala

Poeticamente decorada borbulhava com sonhos

De intelectuais que pediam consciência cultural

Que os políticos teimavam em sufocar

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14.04.18

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 16/04/2018
Reeditado em 22/04/2018
Código do texto: T6310118
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