MARCAS DO QUE SE FOI - I
Apesar de, no momento,
nada saber de mim, presumo que, com
a convivência possa arriscar que sei algo
de ti, minimamente falando:
(...) dos teus abismos,
das tuas sombras, dos teus sonhos, dos
teus vazios,
(...) então sim,
eu sei o que sentes, pelo menos ao que se
refere toda uma solidão que um
deserto impõe...
Posso afirmar (sem medo de
ser mais infeliz), que estou passando por
um deserto, com todas as sombras
e vazios de direito...
Penso que não vai passar mas,
por experiência própria, sei que tudo é uma
questão de tempo e,
(...) quando eu me virar
para ver os rastros do que se foi, (ou não),
terá sido com olhares de quem quer tirar lição
de vida, para evitar repetir
os mesmos erros...