Vida
Um horizonte límpido e dormente
Numa montanha azul e serena,
Coberta de uma folhagem morena
E a timidez da cachoeira na enchente.
Foi assim que encontrei o caminho
Entre as árvores e rochas maduras,
Caminhando nas noites escuras
Me encostei no aconchego do ninho.
Num oásis em pleno deserto
E com a sede de todo viajante,
Fui tão longe e estava tão perto
Mato a sede na fonte pulsante.
Não tardei a entender que havia
Uma intensa e divina promessa,
Sem pensar descansei pelo dia
Que avançou pela noite sem pressa.