METÁSTASES N’ALMA
Mágoas... ressentimentos... rancores...
Nefastos sentimentos!
Sempre indigestos... à alma que teima em os abrigar
Não se sabe por quê
Ah, existirá tentação maior?
Mas, donde vem eles?
De que regiões?
A que sorrateiramente se adentram em nossa sagrada morada
Pelos pensamentos que sacodem à alma quais convulsivas crises
A roubar-nos a calma... o sossego... a paz
Da luz que se apagou... e em trevas nos deixou
Simplesmente desagradáveis... detestáveis...
Em nome d’ódio que a dilacera e maltrata... sem piedade
Da náusea que a consome e tortura
Ah, quando irá eles... se desprender?
Então, se os guarda consigo... em su’essência
Ai, quão triste condição!... Quão maldita!
Pela náusea que em tal grau a molesta e aos poucos a mata
Melhor, com certeza, vomitá-los...
Quem terá tal força em assim o fazer?
Quem deles... se libertará?