A lebre que corre do lobo voraz

De um touro até uma lebre.

Perdeu-se à força do tempo, a força do corpo.

Perpetua-se a mente descortinando a procriação.

Linhas imaginárias atenuam a nossa lucidez

O horizonte do mar

O horizonte das flores do campo.

O horizonte das nuvens avermelhadas no por do sol.

O coração sempre exala perfume

Nem sempre sentido pelos olfatos em óleo queimado.

Em telas pintadas à óleo ficam as marcas dos traços.

A felicidade se atrofia entre tantas dobras do tempo.

As perdas humanas são maiores do que os ganhos

Porque todos os abraços se transformam em acenos.

Na vida é possível respirar ares puros nunca aspirados

Das pessoas amadas

E outras tantas desamadas

Mas todas humanamente possíveis de abraçar.

A nossa ingenuidade não nos faz perceber que a nossa vida é uma lebre

que corre o tempo todo do lobo voraz.

Robertson
Enviado por Robertson em 02/04/2018
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