A lebre que corre do lobo voraz
De um touro até uma lebre.
Perdeu-se à força do tempo, a força do corpo.
Perpetua-se a mente descortinando a procriação.
Linhas imaginárias atenuam a nossa lucidez
O horizonte do mar
O horizonte das flores do campo.
O horizonte das nuvens avermelhadas no por do sol.
O coração sempre exala perfume
Nem sempre sentido pelos olfatos em óleo queimado.
Em telas pintadas à óleo ficam as marcas dos traços.
A felicidade se atrofia entre tantas dobras do tempo.
As perdas humanas são maiores do que os ganhos
Porque todos os abraços se transformam em acenos.
Na vida é possível respirar ares puros nunca aspirados
Das pessoas amadas
E outras tantas desamadas
Mas todas humanamente possíveis de abraçar.
A nossa ingenuidade não nos faz perceber que a nossa vida é uma lebre
que corre o tempo todo do lobo voraz.