O trem da vida
Dentro de um vagão, anseia a vinda,
De uma vida na próxima estação,
Trágica sensação que é o medo de morrer,
O pensamento alcança lugares que ainda quer conhecer.
Já não escreve com frequência,
Olhando sua vida passar na janela,
Paisagem intangível, inconsistência,
Encontra na razão um sentinela.
Compartilhou de ideias e ideais,
Dividindo com plateias e com os iguais,
Algo que te eleve o pensamento.
Mas no momento só olha a janela,
Sentado, pensando, sensato,
Afirmando e relutando,
Mas não parou pra pensar que:
"Quer competir com o que sente e não vê que tem que se entregar!?"
E assim segue sempre na mesma frequência,
Não na que escreve, mas na que sente a presença,
Fica difícil concluir, sem perceber que merece,
Se ao admitir o que sente o coração adoece.