Eu, feito brisa e véus
Ah! Brisa...
na tarde mormacenta...
Carícia preguiçosa...
Ah! Sopra! Sopra devagarinho,
um benquerer...
sossega a saudade!
Agita este frescor!
Embala sonhos e nuvens;
acena com
o que não vejo, intuo.
Suspira, sob
véus misteriosos,
os mais fundos sentimentos,
o mais superficial dos pensamentos...
Mistura, neste ir e vir,
paixão, lamento,
razão, ternura e
alento... ah! Que bom!
E sem tempo!
Ah... brisa deliciosa
na tarde mormacenta...
adentrando e deslizando
frescor pela janela cúmplice,
aberta sem cuidado
e sem compromisso...
Acarinhando levezas;
gestando turbilhões,
fora e dentro...