O mergulho no vazio
Difícil de ver, mais complicado ainda entender.
Um mundo próximo, porém distante a desvendar.
Vozes: muitas, nada claro, muito confuso.
Um mergulho no vazio de poço profundo a nos arrebatar
O medo nos arrebanha e a mente retrai
Uma necessidade insana de volver à vida nos invade
Os movimentos tornam-se dificultosos e inseguros
E o pouco que se vê e sente do outro lado tem um q de “piedade”
Por instantes seculares tem-se a certeza que o mundo desmoronou
Nessas horas, os vestígios deixados se vão, mas alguns deixam raízes.
O mundo parou e dele perdemos pé abrindo a nossa frente um hiato no tempo
E assim a vida retorna deixando no cordeiro novas cicatrizes
Muitas são as vozes e- quase todas indagam o que foi
Outras tantas conjecturam o “por que”
Não se sabe ao certo o que discorrem
Mas sabe-se que o centro das atenções foi você.
O que se profere, a multidão não ouve.
Nas entrelinhas o que passou só o vivente é capaz de avaliar
Mesmo se ouvissem não entenderiam sua explicação
“Por que segundos tornaram-se séculos e a historia nesse interim deu looping ao despertar?”
Manoel Claudio Vieira – 09/03/2018 – 04:39