Entre o céu e o chão - Ilusões - XXVII
Manuel, Manuel,
tu tivestes um
porquinho-da-índia
enamorado, eu cá digo-te
que aos 42 tenho
o vento.
Não o levo
a lugar nenhum
Manuel, mas
deixo-me levar por
ele ao vazio,
ao céu e ao
infinito;
acaricio-o
em graça e permito
ser acariciada por
ele em graça
também,
Ele não se esconde
debaixo do fogão,
pobre Manuel, e por
isso na minha pequena
sabedoria amo-o.
- O vento foi meu último
namorado!