Entre o céu e o chão - Ilusões - XXVII

Manuel, Manuel,

tu tivestes um

porquinho-da-índia

enamorado, eu cá digo-te

que aos 42 tenho

o vento.

Não o levo

a lugar nenhum

Manuel, mas

deixo-me levar por

ele ao vazio,

ao céu e ao

infinito;

acaricio-o

em graça e permito

ser acariciada por

ele em graça

também,

Ele não se esconde

debaixo do fogão,

pobre Manuel, e por

isso na minha pequena

sabedoria amo-o.

- O vento foi meu último

namorado!

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 16/02/2018
Código do texto: T6255354
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