NO FUNDO DO PUB
Aquele jazz tocado no trompete,
eu no fundo do Pub, imerso na solidão,
na mesa, de carvalho, enfio o canivete
e gravo seu nome como se no meu coração...
A cada nota mais alta, esganiçada, mortal,
meu coração vira do avesso e se despedaça,
revela a mim mesmo um sentimento nunca igual,
tudo que pensei sentir o que sinto ultrapassa...
Evolui a sintaxe musical e mais me fere e faz bem,
viajo por entre estrelas de mãos dadas com você,
o palco é o céu e a platéia são as estrelas que alguém
numa noite feliz criou só para que pudéssemos perceber
o quanto podemos amar e o quanto amar nos faz bem...
A música finda seus floreios e volto a ser um ser mortal,
desses no fundo do Pub, cerveja no copo, viva ilusão,
penso em você e chego a sentir nosso amor desigual,
suspiro fundo, ouço a bateria em mim, o pulsar do coração...