No portão
De repente, em espanto,
a menina vê, com encanto,
os amigos, animados,
que chegam, agitados,
para brincar...
É pular amarelinha,
É bola queimada,
É pique esconde,
É para em estátua,
É muito mais...
É sentar na mureta,
E histórias ouvir...
É balançar nas grades
E cantigas entoar...
O tempo corre,
O portão fica.
De repente, em espanto,
a mocinha vê, com encanto,
o rapaz, animado,
que chega, agitado,
para namorar...
É sentar na mureta,
E beijinhos trocar...
É segurar-se nas grades
E se abraçarem...
O coração sempre bate forte,
Bem ali naquele portão...