O outro lado da moeda

Os dois lados da moeda

Gosto muito de confrontar os dois lados da moeda

O que seria o mundo sem o controverso?

O que seria de mim sem o meu particular recesso?

O que seria dos meus rabiscos, se não fossem meus versos

Nunca somos tudo, muito menos o resto

Falamos todos a mesma língua, mas em diferentes dialetos

In dubio pro reu

Não existiria o inferno, se não houvesse o céu

O que seria da caneta, se não existisse o papel

Tenho um lado que é do bem, pura verdade, mas as vezes prático maldade

Muitas vezes estou vestindo roupas caras

Mas nua está minha alma

Só depois de uma tempestade, é que vem a calmaria

Só aprendemos a rezar, só ficamos de joelhos, depois de um grande medo

Queremos saber sempre a verdade, mas escondemos de nós mesmos, nossos segredos

Achamos que somos Santos, mas vivemos apontando o dedo

Pensamos que somos livres, mas no

fundo estamos todos presos

Presos dentro de nós mesmo, presos nos nossos próprios medos

Eu duvido de mim mesmo, debato com o meu saber, coisas que eu quero entender

Eu penso que existo, dentro do meu sumiço

Eu assumo tudo isso, mesmo sendo um pouco omisso, estou fechado com meu compromisso

Tomara que meus pensamentos sejam infinitos, pois finito eu sou

Jonas Luiz

05/02/18

Poeta Jonas Luiz
Enviado por Poeta Jonas Luiz em 05/02/2018
Código do texto: T6245453
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