SIMPLES EXIGÊNCIA
Exijo que exijas
De mim
O que exijo do contínuo
Fim sem fim...
Que soltemos as amarras
Dos cais que nos calam
E vaguemos em ondas vagas
Que exalam
O perfume do mar...
Que voemos por entre soltos astros
Preso por fios ariadnos
Enquanto se fia o novo universo
No sem fim da submersa
Oficina infinita...
Mortos e divinizados
Estejamos todos na Santa Nova Ceia
Entre pomares de sombras
E jardins de corações
Criados pelas mãos
De mil anjos
Que tecem e fiam
A assombrosa poesia...