Palavras
Palavras,
Que quando doces tem poder
De derreter o coração mais gelado
Inundando-o no peito apaixonado
Entre sílabas e tis de bem querer.
Palavras,
Quando ditas em malditas impulsões
No tempo verbal da pura ignorância
Transformam hiatos, criam distância
Ficam na alma e confundem razões
Palavras,
Para elas não há tempo passado
Ficam presentes, marcam a alma
Ferindo de morte tal fio do machado
Roubam a paz e sequestram a calma
Palavras,
Seriam apenas sílabas ao vento
Se não fosse pela emoção que carregam
Que por tantas vezes nossas flores regam
Mas reduzem a pó qualquer sentimento.