VIDA
Enquanto as águas do rio estão a jorrar
O verde da mata me encanta
Eu respiro
Enquanto meu corpo toma outras dimensões
E danço
Uma melodia conhecida
Porém nova
Onde bate dois corações
Como estou viva!
Tudo em volta muda
Enquanto salto
Sobre o vento que me leva
Como a vela de um barco
Em direção ao novo
Ah como sorrio!
Como existe alegria a minha volta
Pois estou cheia de vida
Ela reside na minha pessoa
{ Scarlett }
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Vida sentida
A tocá-la sempre... com meus olhos
Das paixões a invadir su?essência pelo que vêem
Ou dos temores a sacudirem pelas nefastas imagens
Tais como as pedras a ricochetearem no leito do lago
Mas também a degustá-la... com meus ouvidos
Nas melodias a que fazem dançar minh?alma
E assim, a lhe permitir flutuar... n?essência de seus aromas
Ora inebriantes... pelo riso abrasado na fragrância de seu perfume Ora tristonhos... pelas lágrimas que descem...
Ou então da palavra viva que geme em nossos peitos
Até os últimos espasmos da agonia
Neste seu incrível paradoxo
N?alternância constante no coração do tempo
Ao que sentimos o existir em seu total dinamismo
Ou dir-se-ia... em seu notável misticismo
Em sua esotérica, mas concreta ação
Como que numa surreal dança
A bailar nossos corpos... e nossas almas
Na pueril fantasia a que a eles embala... puramente
E desta forma eis... a vida
Em que a contemplo e vejo
Eis aqui o viver
Em que o abraço e beijo
Sempre amado e sentido
Na celebração de tudo o que nele se passa
Pelo corpo...
Pela alma...
Ah, e como seria, pois o ele... o viver... se não fosse sentido?
Com certeza, não faria sentido...
{ Paulo da Cruz }