Um breve relato da minha lucidez
Um breve relato da minha lucidez
Suas palavras complementam e explicam todas as declarações postadas aqui
Pois perdi minha identidade
Espero que o texto faça refletir, que sirva de alerta e alento a todos, e que nenhum de nós precise passar pelas dificuldades do Alzheimer, e passando, não passe pelo Alzheimer teimoso de uma personalidade endurecida demais para permitir ajuda.
Com o tempo veio lapso da memoria ,,Ia passando o tempo, minhas recordação iam sumindo
Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava.
Fui criança brinquei, aprontei , corri , me ralei ,cresci ,
Colhi flores para meu primeiro amor , cantarolei ainda de olhos fechados fiz serenata , chorei
Roubei o meu primeiro beijo , corri , dava pulos, pulava, voei ,
de mãos dadas senti os estranhos sentimentos surgi Ria atoa
Casei ,fui mulherengo trai ,fui da farra, aproveite
com o tempo veio as responsabilidade de uma criança ,que passou por um menino que se tornou rapaz que virou um homem
Que na primavera realcei com botões de rosa que entreguei menina pura donzela a cortejei ,conquistei , me casei
um lindo romance se tornou
Bordando as letras para que meus sentimentos se acomodem e eu consiga colocar as ideias em ordem.
Já disse antes que me sinto pego por uma nave de outro planeta e ainda não sei bem para onde vou e como chegar,
meu cérebro vai aos poucos morrendo
E esse sou eu coitado sento, choro, se envergonha sem saber resolver nada, fica envergonhado, acuado como criança pequena ou como se estivesse sendo humilhado.
Como um feitiço da história infantil, sem possibilidades do príncipe aparecer e salvar a mocinha. talvez vegetando.
Fui pego de calça curta, como se diz na linguagem popular, sem chance de desfazer mal entendidos, de dizer que amava as pessoas, e de ser feliz.
Passei muitos anos brigando com a própria sombra
Agora o mundo é cor de rosa, vivo num mundo de faz de conta
Pouco de carinho, respeito , por uns momentos abraços e amor
das historias vividas só marcas ficou as rugas que sobreviveu
Hoje sentado em meu canto quem és tu que me da banho me ensina novamente a dar laços em meu sapato que me guia ,
Hoje estou a perguntar pois daqui 5 minutos não lembrarei
Só espero a morte chegar se eu lembrar que ela existe e como és
Deixo pois minha lucidez sumiu ,volto tentar amarrar meus sapatos sentado em um sofá .esperando não sei o que
Márcia Eli
dedico ao meu pai
Um breve relato da minha lucidez
Suas palavras complementam e explicam todas as declarações postadas aqui
Pois perdi minha identidade
Espero que o texto faça refletir, que sirva de alerta e alento a todos, e que nenhum de nós precise passar pelas dificuldades do Alzheimer, e passando, não passe pelo Alzheimer teimoso de uma personalidade endurecida demais para permitir ajuda.
Com o tempo veio lapso da memoria ,,Ia passando o tempo, minhas recordação iam sumindo
Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava.
Fui criança brinquei, aprontei , corri , me ralei ,cresci ,
Colhi flores para meu primeiro amor , cantarolei ainda de olhos fechados fiz serenata , chorei
Roubei o meu primeiro beijo , corri , dava pulos, pulava, voei ,
de mãos dadas senti os estranhos sentimentos surgi Ria atoa
Casei ,fui mulherengo trai ,fui da farra, aproveite
com o tempo veio as responsabilidade de uma criança ,que passou por um menino que se tornou rapaz que virou um homem
Que na primavera realcei com botões de rosa que entreguei menina pura donzela a cortejei ,conquistei , me casei
um lindo romance se tornou
Bordando as letras para que meus sentimentos se acomodem e eu consiga colocar as ideias em ordem.
Já disse antes que me sinto pego por uma nave de outro planeta e ainda não sei bem para onde vou e como chegar,
meu cérebro vai aos poucos morrendo
E esse sou eu coitado sento, choro, se envergonha sem saber resolver nada, fica envergonhado, acuado como criança pequena ou como se estivesse sendo humilhado.
Como um feitiço da história infantil, sem possibilidades do príncipe aparecer e salvar a mocinha. talvez vegetando.
Fui pego de calça curta, como se diz na linguagem popular, sem chance de desfazer mal entendidos, de dizer que amava as pessoas, e de ser feliz.
Passei muitos anos brigando com a própria sombra
Agora o mundo é cor de rosa, vivo num mundo de faz de conta
Pouco de carinho, respeito , por uns momentos abraços e amor
das historias vividas só marcas ficou as rugas que sobreviveu
Hoje sentado em meu canto quem és tu que me da banho me ensina novamente a dar laços em meu sapato que me guia ,
Hoje estou a perguntar pois daqui 5 minutos não lembrarei
Só espero a morte chegar se eu lembrar que ela existe e como és
Deixo pois minha lucidez sumiu ,volto tentar amarrar meus sapatos sentado em um sofá .esperando não sei o que
Márcia Eli
dedico ao meu pai