Às vezes sinto um nó na garganta

Uma vontade de gritar

Mas um grito sem alarde

Do alto de um penhasco

Como uma gaivota me lançar

Eu sinto uma agitação

Fruto da ansiedade

Sigo nutrindo inutilmente

Expectativas sem necessidade

Por isso olho o céu

E peço uma chuva fina

Para encharcar meus pensamentos

E afogá-los numa piscina

Eu quero me silenciar

Mas o silêncio não priorizo

Eu sei que há triste dilema

É o que não vai no meu sorriso.

Cláudia Machado

25/1/18

Cláudia Machado
Enviado por Cláudia Machado em 25/01/2018
Reeditado em 26/01/2018
Código do texto: T6236289
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