Nó
Às vezes sinto um nó na garganta
Uma vontade de gritar
Mas um grito sem alarde
Do alto de um penhasco
Como uma gaivota me lançar
Eu sinto uma agitação
Fruto da ansiedade
Sigo nutrindo inutilmente
Expectativas sem necessidade
Por isso olho o céu
E peço uma chuva fina
Para encharcar meus pensamentos
E afogá-los numa piscina
Eu quero me silenciar
Mas o silêncio não priorizo
Eu sei que há triste dilema
É o que não vai no meu sorriso.
Cláudia Machado
25/1/18