Entre o céu e o chão - Ilusões - XIII

A, Ana, por que

não trazes a mim

um pouco de sua

humilde sabedoria?,

e como fizestes

enquanto preparavas

tuas linguiças e versos

professa-me a ser mais

bondosa e a perdoar

as pedras e as cruzes.

Minha, Ana, minha

admirada Cora,

desvenda-me teu

olhar manso e tuas

poesias inatingíveis;

ensina-me a amar

o bolo não comido,

a riqueza não tida

e exaltar o milho

desvalorizado e a

mulher que da à luz,

cozinha e limpa.

A, Coralina,

entrega-me

teu bálsamo

para que meus

versos sejam como

os teus:

- um leve caminhar

em montes floridos

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 21/01/2018
Reeditado em 11/02/2018
Código do texto: T6232359
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