É FATO

Semente que se processa

No alto escalão do mundo

Repensa o ar que respira

Intensifica a cor e suspira..

Resgata no tempo perdido

A hora insana que passa

Sem medo do ar ausente

Com as flores no jardim presente.

Seria perfeito dizer

Que antes que se possa pensar

O precipício condena o ato

No encontro marcado de fato.

Caminha por ruas tortuosas

Saindo fora da cadência

Começa com as promessas distantes

De que fará melhor do que antes.

Mesmo que fosse verdade

O ato condena o fato

Semeia palavras ao vento

De novo está sem alento.

Regular por assim dizer

O caso é fato verídico

Sem começo, meio ou fim

A esperança se perde enfim.

Vê-se no olhar que passa

A pressa presente no ato

Há um turbilhão de consequências

Presente nas findas vivências.

E se permite dizer

Assim sempre será

Pois antes que se perca o dia

Já foi a presença tardia.

Então por que lamentar

Se há um tempo finito

Faz-se o que se pretende

No momento que se estende.

Dorme o sono tranquilo

Sem medo do amanhã

Desconhece a verdade latente

Encontra-se num tempo ausente.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 20/01/2018
Reeditado em 02/03/2018
Código do texto: T6231688
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