É FATO
Semente que se processa
No alto escalão do mundo
Repensa o ar que respira
Intensifica a cor e suspira..
Resgata no tempo perdido
A hora insana que passa
Sem medo do ar ausente
Com as flores no jardim presente.
Seria perfeito dizer
Que antes que se possa pensar
O precipício condena o ato
No encontro marcado de fato.
Caminha por ruas tortuosas
Saindo fora da cadência
Começa com as promessas distantes
De que fará melhor do que antes.
Mesmo que fosse verdade
O ato condena o fato
Semeia palavras ao vento
De novo está sem alento.
Regular por assim dizer
O caso é fato verídico
Sem começo, meio ou fim
A esperança se perde enfim.
Vê-se no olhar que passa
A pressa presente no ato
Há um turbilhão de consequências
Presente nas findas vivências.
E se permite dizer
Assim sempre será
Pois antes que se perca o dia
Já foi a presença tardia.
Então por que lamentar
Se há um tempo finito
Faz-se o que se pretende
No momento que se estende.
Dorme o sono tranquilo
Sem medo do amanhã
Desconhece a verdade latente
Encontra-se num tempo ausente.