transição
Cá estou eu
sempre à beira do abismo
que abismo surdo (!)
eu sempre cercado de cobras
quem não é cobra
nada me cobra
mas também se retrai
trai a si mesmo de novo
assim como eu tenho me traído
não nos deixeis perder o coração
estou deixando a Serra
que é tão grande
doravante vou ralar
na cidade grande
que é tão pequena
de imensidão e beleza
ai de mim (!)
ai de mim (!)
mas tem que ser assim
com certeza (!)