Capitalização do amor
Numa civilização onde se ignora uma obra
Nada permanece nada sobra
Além dos impostos que se cobra
Daqueles que do trabalho se desdobra
Joias, ouro e diamante
Tudo o que aproxima do inferno de Dante
Erradicando na alma errante
Impede-nos de seguir adiante
A beleza está sob os escombros da ruína
Lembrada apenas pelo mestre que ensina
O conteúdo guardado para aquele que se destina
A seguir e a passar pela escuridão que alucina
A miséria e a cobiça ainda assombram
Aqueles que na ignorância insistem e trombam
Escolhendo viver nas margens e nas sombras
O que aguardar de um mundo onde até o amor se compra?