Inconstante Celeste
Sempre somos
Nunca estamos
Somos Viajantes
Sem destino
Vagando
Entre o percurso
E o caminho
Somos Seres
De pura contradição
Buscando o motivo
De tamanha incompreensão
Da nossa existência
Pequena Comparada
A imensidão desse universo
Repletos de corpos celestes
E de corpos
Vagando pelas ruas
Sem rumo
E sem destino
Divagando
Entre o ódio
E o opio
Entre o comum
E o insólito
Entre o céu
E o solido
Entre o verso
E o copo
Entre o vinho
E o fosforo
E em menos
De um milésimo
De segundo
Explode tudo
Supernova
Me transporta
Novamente
Para a estaca zero
E volto a vagar
Novamente ali
Sem caminho
E sem rumo
E finalmente
Me dou conta
Que frente
A imensidão
Desse universo
Sou apenas poeria estelar
Um ser minusculo
Que busca compreender
Sua incompreensão
Mesmo que seja
Apenas
Por um breve momento