Luz e treva
Luz e treva
Como morte anunciada, todo dia vejo
O dia abrindo espaço para a noite
E a cada momento vivido nas trevas
Confirma esse agir pleno e constante
Onde alguém, expira, aceita e chora
E por descuido, ora, não ouço o grito
Porque a sonolência não me deixa ver
O fatídico peso oculto desse meu delito
Com a ausência matinal do real sorriso
As leves lembranças ficam sem sentido
Nesse agir de intransigência consciente
O descanso em que minha mente habita
Somente o som dos bocejos se faz ouvir
E nesse existir, os nossos sonhos se esconde
E o sinistro sequestro da luz pelas trevas
Expira, impulsionado por um clarão porvir
Edye