Auto compaixão
As vezes fico em silêncio
Mas um silêncio diferente
Tenho o silêncio na
Altura do peito
Um vazio no olhar
Uma vontade de chorar
Às vezes eu quero parar...
Mas vem uma voz
Não sei de onde
Parece estar lá, em algum lugar
E me diz: - Parar para quê?
Eu teimo e digo baixinho
Ando desacreditada do mundo,
com o orgulho ferido...
E a voz retruca: - Orgulho de que?
Eu não me dou por vencida
E digo sobre as dificuldades da vida
E a voz silencia, mas antes me diz:
- Aproveita e pratica!
E então por um instante eu
Percebo toda confusão,
de ver a escola como prisão
e então dirijo um olhar
Para mim mesma
De pura compaixão.
Cláudia Machado
13/12/17