Auto compaixão

As vezes fico em silêncio

Mas um silêncio diferente

Tenho o silêncio na

Altura do peito

Um vazio no olhar

Uma vontade de chorar

Às vezes eu quero parar...

Mas vem uma voz

Não sei de onde

Parece estar lá, em algum lugar

E me diz: - Parar para quê?

Eu teimo e digo baixinho

Ando desacreditada do mundo,

com o orgulho ferido...

E a voz retruca: - Orgulho de que?

Eu não me dou por vencida

E digo sobre as dificuldades da vida

E a voz silencia, mas antes me diz:

- Aproveita e pratica!

E então por um instante eu

Percebo toda confusão,

de ver a escola como prisão

e então dirijo um olhar

Para mim mesma

De pura compaixão.

Cláudia Machado

13/12/17

Cláudia Machado
Enviado por Cláudia Machado em 21/12/2017
Reeditado em 21/12/2017
Código do texto: T6204316
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