Paralelo
Desastrada
Acorda dos sonhos
Meio descompensada
Tropeça nos devaneios
E brinca de viver
O ano inteiro
Desorientada
Complexa e labiríntica
Vive na corda bamba
Se tiver que dançar
Faz uma roda de samba
Inconstante
Feito quadro na estante
Da calmaria ao vendaval
Vivendo no mundo desigual
Ora versátil, ora constante.
Deliciosamente perturbada
No seu imaginário labirinto
Existe um mundo paralelo
Para fugir do realismo
E peça a Deus que não a cure
Das suas infinitas loucuras
E que na madrugada que se arrasta
Ainda encontre companhia
Que lhe ame com poesia