O CLARO E O ESCURO
O que importa a lágrima alheia
se a solidão norteia meu futuro
e tudo o que vejo é a ceia
sem flores e frutos?
Amei e fui amado
como um bom soldado
ama a batalha desde que acorda
e de si e aos outros é todo dado
e a si mesmo pouco importa...
O que vale a pedra preciosa
se meu coração ferido
sangra como vermelha rosa?
O que posso por como unguento
neste abismo
que se abre todo por dentro?
Vivi e viveram comigo
o claro e o escuro da existência
e se algo perdi quase a perder os sentidos
mais perco sem a sua doce presença...