NOITE EM CLARO

De Fernando Marcos

dentro da cabeça

uma luz acesa

e a necessidade

de repouso.

Num turbilhão de pensamentos,

a dúvida e a fé digladiam-se

num embate frenético.

grilos no ouvido,

pálpebras

distantes.

A cama e a colcha amarela

ofuscam remédios em busca

da cura.

A areia nos olhos,

salgados de mar,

Impede a leitura.

Livros fechados...

A cidade acorda.

(O sol não espera).

Do clarão da cabeça

à brancura do quarto.

Hoje é um novo começo

ou a extensão de ontem?

Pedro Porta
Enviado por Pedro Porta em 23/11/2017
Reeditado em 19/08/2018
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