Carmesim

As horas se cansam.

Céu de outrem,

abrigo de outrem,

uniformes encardidos de quem

bebe sangue de inocentes por amor à paz.

E faça sol!

Neologismos escrotos em martírios natalinos.

Água convertida em vinho de contrabando derradeiro.

E faça só!

Ceias alheias,

seios de quem jura fidelidade,

cruzes fincadas em consciências que pedem perdão.

Sopro de vida.

Tempo de sobra.

Enquanto a cor e o gemido do cativo

insistem em lavar porões e salões de festa.

Carmesim

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 22/11/2017
Reeditado em 22/11/2017
Código do texto: T6179437
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