Carmesim
As horas se cansam.
Céu de outrem,
abrigo de outrem,
uniformes encardidos de quem
bebe sangue de inocentes por amor à paz.
E faça sol!
Neologismos escrotos em martírios natalinos.
Água convertida em vinho de contrabando derradeiro.
E faça só!
Ceias alheias,
seios de quem jura fidelidade,
cruzes fincadas em consciências que pedem perdão.
Sopro de vida.
Tempo de sobra.
Enquanto a cor e o gemido do cativo
insistem em lavar porões e salões de festa.
Carmesim