Marcas
Desnudo-me por inteiro
Ao olhar-me no espelho
Contraditoriamente o tempo...
Não corre num corpo já velho.
Reflete minha alma clara.
Corpo conservado pele morena
Como num papel uma pena
A escrever uma poesia rara.
Ainda vejo – me assim:
Como um vinho bom
Inda na minha alma existe
Odre novo cheio de frisson.
Mas em voo do tempo...
A matéria não se eternizará
Mesmo num bailado suave
Como folha ao vento quiçá.
O coração fala das emoções...
Às vezes passa desapercebido,
Mas n’alma têm páginas de um livro
Triste com traça pelo tempo vivido.
Mary Jun,
Guarulhos
12/11/2017
Às 16:35hrs