Leminski

Irreverente artista

Na rima e na vida.

Vivia na (com)pulsão do tempo

Como quem anda na fita

Sempre na corda bamba,

se embrenhava o equilibrista.

Se agarrava à palavra

Como se fosse conquista

E a linha balançava

Espalhando a anarquista

Que meio tonta ganhava

Roupa nova de artista

E novamente se entranhava

Pela boca do alquimista.

Silvana Mello
Enviado por Silvana Mello em 17/11/2017
Reeditado em 17/11/2017
Código do texto: T6174247
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