Enxada
Mãos ásperas de um passado tão presente
Que raia do nascer do dia
Aos carcarejos das galinhas.
Saíndo cortando neblina à frente,
Logo bem cedinho, com a marmita
Bem quentinha
Vendo a esperança e futuro
Daqueles que esperam o alimento
À custa de uma enxada
Que ensina as coisas da vida
E muitas vezes sofrida,
Mas nunca desanimada.
A dignidade tem nome de suor,
De roçado, e das léguas
Caminhadas para ganhar o pão
Mas também tem a alegria
Que contagia toda uma família
De uma nação.