Tempo

Gira, gira, gira o tempo...

Rouba tempo ao mais viver...

Do futuro é escasso e isento...

Eterno podia ser.

Mas roda que nos consome...

Ilusão e padecer...

Não sacia a nossa fome...

Nem permite mais viver.

No dia que o tempo acabe

Queria poder fugir...

Mas por fim nada se sabe...

Só do tempo a se esvair...

Sem que se possa conter

O ponteiro do relógio...

Escravos do seu poder

só nos resta o necrológio.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 10/11/2017
Reeditado em 10/11/2017
Código do texto: T6167739
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