A primeira boca.
O que vês nos outros umbigos
Que o teu não tenha ?
Te digo amigo...Nada !
A primeira boca do homem
A que nunca se fecha, não percebes ?
Apenas se cala, quando a outra fala
O túnel escuro que te liga
E que atravessas aos tropeços
Quando a mão já não tateia mais
Te digo amigo...Nada !
Os umbigos são iguais, todos eles
Estão no centro do corpo
É o seu ponto de equilíbrio
O teu primeiro alimento
O teu primeiro convívio
Mas tu não o vês, te esquecestes
Hoje, segunda boca parece maior
Mas acredite...não é , só ilusão,
Por isso te digo, amigo...Nada !