TONS CASTANHOS
Como senão existissem folhas no outono,
Pois elas rejuvenescem com tamanha ternura,
Seu tom castanho, sua pele escura,
Oriunda da africanidade, sua cultura,
Esculpida como as místicas montanhas
Espiritual como as águas de Tanganhica,
Suas curvas em serras como Leba,
Belo gingar de cintura,
Sensorial, tamanha loucura,
Mesmo que as folhas caíssem,
Seus frutos hão-de amadurecer com o tempo,
Do mais profundo sentimento,
Pois é na ilusão do seu corpo,
Onde florescem mil desejos,
É no seu pomar, onde,
Delicia-se o doce sabor da sua fruta,
Seus lábios contem respostas,
Olhar atraente, tímido e envolvente,
Cada sensual detalhes da costas,
Ombros que paralisam os olhares,
Pigmentação bronzeada exaltar da cor
Ébano, pura magia
Êxtase, seu aroma natural
Furação corporal,
Contínuas e longas ondas do mar,
Onde naufragam os sonhos do amar,
E como senão existisse Outono,
Sua beleza tira qualquer sono (...),
Dona dos seus caprichos,
África é o seu trono (...)
(M&M)