PONTO FINAL
Faça, quando der ou não,
arrisque um verso no impulso
semeado na ópera do chão,
o canto da semente será fruto
do que viverá teu coração...
Trace, o quanto antes puder,
a célebre pintura que lhe vai n’alma,
espátula de veias, estupenda colher,
seja furor em suposta calma,
seja homem, escolha, mulher...
Viva, esqueça o que promete a morte,
ganhe os pedaços do mapa do teu futuro,
repare que nem tudo na vida é sorte,
nem tudo é imperativo de viver no escuro,
dos cardeais pontos o amor é o Norte...