Ele desatinou
Ele olhou pela janela ...
Respirou fundo
E apenas sorriu
Sentiu a brisa
Respirou fundo
E novamente sorriu
Ele mudou o semblante
Aquelas rugas de preocupações
Já não se faziam ali
Ele sorria e as rugas eram outras
O orgulho ferido deixou de lado
Da compaixão ele era dotado
O amor próprio, ele havia treinado
E o sorriso escondido
Agora era escancarado
Ele, ainda na janela
Sorria
Ele era o mesmo
Mas com outras atitudes
Ele era ele em forma, meio e fim
Ele tinha mais desejos
Ele queria fazer diferente
Sem punir a mente
Que acelerada brigava com seu ego
Também eloquente
Ele era um desperdício de vontades
Ele era ele!
Assim, daquele mesmo jeito
Mas sem ligar para os defeitos
Esquecendo vaidades
Ele desatinou, desatou nós*
Ele viveu mais, chorou mais
Sorriu muito mais
Ele se definiu
Ele sim, insistiu
Mas viu o que viu
Sentiu que havia de ter feito
E se feriu
Mas sem arrependimentos
Ele novamente sorriu
Gabriel D'Nasc
24/10/2017 2349
* referência à música Triste, Louca e Má" - Francisco el hombre