JÁ FUI TUDO TANTO E QUANTO

Já pulei sonhos

Já brinquei de bordar palavras na alma

Já corri atrás de fantasias

Já rabisquei poesia

Nas paredes de dentro.

Já alcei voos infinitos

Já enfrentei o tempo...

Já pousei minhas desilusões

Na árvore da vida

Já venci meus leões.

Já enfrentei navios negreiros

De novembro a novembro de ilusões...

Já amei tantos corações

Que aprendi a amar

Em tantas proporções

Que já cheguei sentir

O tamanho do amor!

Fui gerada e já gerei

Já aprendi o segredo

Da felicidade carregada no ventre

Para saber-me mãe.

Já gritei para Deus

Minha gratidão

Lá do alto do meu coração

Para receber meu galardão...

E no meio de tantos “já”

Somo o quanto aprendi agora

Na pronta entrega da vida

E imediatamente abraço

A felicidade da minha existência...

Sim. Já fui tudo tanto e quanto!

Regilene Rodrigues Neves